Polícia encontra acampamento de caçadores dentro do Parque Nacional do Iguaçu

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Durante trabalho para combater crimes ambientais que são praticados dentro do Parque Nacional do Iguaçu, a Polícia Militar Ambiental localizou na última sexta-feira (15) um acampamento de caçadores, em meio à floresta, em São Miguel do Iguaçu (PR). “

O que chama bastante atenção deste acampamento descoberto por nossa equipe é a infraestrutura com que foi montado. Além de ser todo coberto com lonas, haviam colchões, cobertores, várias peças de roupa, caixas de isopor e outros utensílios que permitia passar vários dias dentro do mato”, explicou o 1º Tenente Nilson Figueiredo Alves Júnior, comandante da 4ª Cia da PM Ambiental, em Foz do Iguaçu.
Próximo ao local também foi encontrado um veado pardo morto, que possivelmente foi alvo dos caçadores, que não encontraram a caça depois de terem o acertado. Além disso, os policiais flagaram uma cabeça de outro animal e o bico de um tucano. “Não consigo entender como podem matar um tucano. Mas na verdade, a lei dos caçadores é: ‘se mexeu, morre, argumenta o 1º Tenente. Ainda, foram apreendidos no acampamento uma mira laser, silenciadores, armadilhas para acionar gatilho além de outros apetrechos utilizados pelos criminosos.
Segundo Nilson, a Polícia Militar Ambiental juntamente com Polícia Federal e o ICMBio Instituto Chico Mendes fazem um trabalho diário de monitoramento e cadastramento das trilhas de caçadores que existem no Parque, mas que são difíceis as prisões, porque os criminosos conhecem o parque ‘como a palma da mão’. Neste caso específico, os policiais conseguiram encontrar o acampamento juntando informações que já tinham e após seguirem algumas trilhas. O soldado Wessler que integrou a equipe que encontrou o acampamento relatou que foram horas de caminhada. “Saímos de manhã e só conseguimos chegar até este acampamento no meio da tarde. 
Mas durante o percurso, encontramos e cadastramos vários jiraus usados pelos caçadores, para sevar e abater animais do Parque, além de inúmeras trilhas. Ao todo, foram 25 quilômetros de caminhada”, contou o soldado. Os utensílios foram apreendidos e o acampamento foi destruído pelos policiais, para evitar que os caçadores voltem a usar o local para refúgio em novos crimes.
De acordo com o 1º Tenente os crimes mais comuns dentro do Parque Nacional são a caça, a pesca e a extração de palmitos. A pena para quem for flagrado cometendo um destes crimes é de até cinco anos de prisão, além das multas.

Redação: CGN
Fotos: Polícia Ambiental

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