Ponte Molhada sobre o Rio São Vicente. |
Os rios: São Vicente, São João, Ocoí e os córregos eram morada sagrada de diversos tipos de peixes e animais aquáticos. Os animais silvestres utilizavam a água e viviam na calmaria da harmoniosa natureza. Aos poucos o espaço começou a ser invadido pelos colonizadores, que se baseavam nos rios para fazer a medição das terras. Limites e estradas foram traçados. Propaganda das terras produtivas amplamente divulgadas e a chegada dos moradores foi inevitável. A Sipal Colonizadora planejou e dividiu as colônias para que todas tivessem córregos na propriedade rural e a sede da gleba, em espaço elevado, a fim de evitar enchentes. O mundo da simplicidade, da natureza, da fonte de água limpa e do canto dos pássaros atraiu os moradores. Uma das riquezas naturais que todos necessitavam impreterivelmente era água, necessária para consumo, limpeza e higienização.
Os pioneiros construíram suas moradas e providenciavam água para uso em geral, buscando com tonéis e a roupa era levada e lavada nas nascentes ou riachos. Poços de vinte metros ou mais foram cavados e a água era puxada com balde. Mais tarde veio a energia elétrica e bombas instaladas levando o precioso líquido para as torneiras das casas. Na sede do município muitos moradores tinham seu próprio poço, mas com o passar do tempo foram construídos poços artesianos. Formavam-se grupos ou associações para suprir as necessidades dos moradores.
Na década de 90 os poços já não davam conta da demanda e resolveu-se captar água do Rio São Vicente para abastecer a cidade. A Sanepar com cuidado tratava e era responsável pelo abastecimento.
Em Missal, constata-se vários lençóis de água mineral. Com orgulho citamos a Água Mineral Itaipu, empresa situada no município que proporciona pura e cristalina água mineral. Com modernas instalações, a água é extraída fluoretada totalmente natural, envasada e comercializada em toda região, além do Paraguai e Argentina.
Atualmente dois poços artesianos abastecem a sede do município, um no centro da cidade e novo poço, na propriedade de Gertrudes Reinehr, tem vazão de 70 metros cúbicos por hora e aumentou o volume de água produzida de 30.250 metros cúbicos mensais para 50.400 metros cúbicos. O sistema de tratamento também foi alterado de convencional para simples cloração e podendo afirmar que agora missalenses consomem água de ótima qualidade.
A água é a seiva da Terra. O equilíbrio do Planeta depende da preservação da água. Seja inteligente, economizar e preservar a água, pequeno ato, pode se tornar uma grande ação. A água é essencial para os humanos e para as outras formas de vida.
Gisela Lunkes
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