Entidades de
classe resolveram não realizar a Oktoberfest neste ano em Marechal Cândido
Rondon por conta de um modelo frágil, que dá prejuízos e não enaltece a cultura
germânica.
Os debates para repensar a festa a fim de promovê-la novamente em
2014 já iniciaram e devem ser intensificados em outubro, durante o fórum que
será promovido para a discussão dos eventos oficiais do município.
Mas se em Marechal
Rondon as últimas edições da Oktoberfest têm resultado em prejuízo, na região
há modelos de festas tradicionais alemãs que têm dado muito certo. É o caso da
Deutsches Fest, em Missal, que tem se mostrado fortemente ligada à tradição,
gera lucros e tem participação maciça da comunidade.
"Não dá para
entender. Marechal, com toda a tradição, estrutura e potencial que tem, não
realizar a Oktoberfest". As palavras são de Décio Rohde, presidente da
Comissão Central Organizadora da Deutsches Fest, festa típica alemã do
município que parte para a 13ª edição. Em entrevista ao Jornal O Presente, ele
conta algumas situações que podem até mesmo servir de exemplo para Marechal
Cândido Rondon, que não terá a Oktoberfest neste ano.
A decisão de não
realizar a Oktober foi tomada no fim de semana por representantes das entidades
que promovem o evento e da administração pública rondonense. Missal tem se
mostrado um município competente para a realização do evento. A receita,
segundo Rohde, é manter o objetivo cultural, oferecer novidades em cada nova
edição e programar a festa de forma antecipada e com a participação das
entidades.
Os grupos de
Missal - ou blocos, como são chamados em Marechal Rondon - são incentivados até
mesmo com recursos financeiros, mas, em contrapartida, devem participar das
atividades programadas. São três dias bem definidos e repletos de atividades.
Na sexta-feira, a abertura é na avenida principal da cidade.
O desfile de
carros alegóricos vai em direção ao Centro de Eventos, onde acontece a festa.
Todos entram. Para que a participação seja maciça, os grupos que participam da
organização são incentivados. "Oferecemos recursos, até mesmo financeiros,
mas em contrapartida eles (grupos) devem participar das atividades, como
escolher candidatas para rainha da festa, para o casal Fritz e Frida,
participar dos bailes, de outras atividades, como o concurso do chope em metro,
por exemplo", explica Rohde. Os mais de dez grupos que participam da festa
em Missal todos os anos são parceiros da administração.
Outras oito
entidades estão diretamente ligadas à realização da Deutsches. Além disso,
patrocinadores garantem recursos para o evento. Os blocos, por exemplo, são
incentivados financeiramente para a divulgação e venda de ingressos em
municípios vizinhos nos dias que antecedem a festa. "Também oferecemos
recursos para que eles façam os carros alegóricos e até roupas típicas. Com
isso, eles (grupos) ficam comprometidos a participar efetivamente do evento. Só
ganha incentivo participando das atividades", conta o coordenador de 11
das 12 edições já realizadas da Deutsches Fest.
A programação
altamente cultural, com desfiles, apresentações folclóricas de grupos locais e
a contratação das melhores bandas do gênero no Brasil fazem parte dos três dias
do evento. Programação no sábado à tarde, com o Jogo do Barril, corrida do
carrinho de mão e corrida do saco leva milhares de pessoas de outras cidades a
Missal. "Temos uma grande preocupação com a questão cultural. Sabemos que
não agrada a todos, mas não podemos perder o foco, o objetivo", pontua
Rohde.
Fonte: O Presente
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