Reunião realizada
no último final de semana, na sede da Acimacar, culminou na decisão de não
realizar a Oktoberfest oficial de Marechal Cândido Rondon neste ano.
A reunião envolveu
membros da administração municipal, representantes das entidades que vinham
trabalhando na organização da festa (CTG, ACJC, JCI, Assemar e AABB) e
representantes da Associação Comercial. Diversos fatores foram apresentados
pelas entidades parceiras e pelo Poder Público municipal, que apontaram para a
inviabilidade de continuar realizando a Oktoberfest nos moldes como vinha
acontecendo.
O primeiro deles
foi o prejuízo que o evento deu às entidades organizadoras nas últimas edições.
Outros fatores recentes que influenciaram na decisão foi a lei seca, a
problemática envolvendo menores, e o efeito Santa Maria, que obrigaria uma
série de cuidados de segurança adicionais. Aliado a tudo isso, mais um fator
preponderante que pesou na decisão foi o desvirtuamento cultural do evento nos
últimos anos.
A realização de
uma festa baseada apenas na comercialização de bebida alcoólica foi
interpretada como sem sentido pela maioria dos participantes da reunião. A
dificuldade de acesso das famílias devido à proibição da presença de crianças e
adolescentes no ambiente da festa também foi apontada como fator desmotivador
do evento nos moldes que vinha ocorrendo.
Manifestações
Várias
manifestações aconteceram no encontro. Nem todos os representantes
manifestaram-se em nome das entidades, mas deram suas opiniões pessoais sobre o
assunto. A maioria apoiando a ideia de não realizar a festa neste ano para
poder repensá-la. Para o presidente do CTG, Christian Guenther, que esteve na
coordenação da Oktoberfest nos últimos anos, há a necessidade urgente de rever
o evento. Ele relata o prejuízo superior a R$ 15 mil na edição do ano passado,
o que desmotiva a participação das entidades.
O presidente da
JCI, Gabriel Centenaro, seguiu o mesmo raciocínio, observando que trabalhar
voluntariamente e ainda ter que desembolsar dinheiro desmotiva quem está
envolvido na organização. Entendo ser importante esta pausa para readequar a festa e voltar com
ela num novo formato no ano que vem. A Oktoberfest precisa agradar a toda a
sociedade, destacou.
O
presidente da Assemar, Aldo Schülke, observou que o público da festa vem reduzindo nos últimos anos, o que provoca um
impacto nos resultados financeiros. Da mesma forma manifestou-se o presidente
da ACJC, Fernando André Adam, destacando que “é preciso rever a festa para se buscar o público que havia
antigamente”. O presidente da AABB,
Mário Fernando Almeida, foi ainda mais enfático. “Temos que quebrar a rotina. Repensar o evento e trazer para ele novas
atrações. Precisamos modernizar a Oktoberfest”, defendeu.
Mesmo sem a
Acimacar ter envolvimento na organização da Oktoberfest, o presidente da entidade, Josué Maioli, entende
que é um evento que ajuda a movimentar a economia da cidade, e por isso a
Associação tem interesse em participar das discussões acerca da mesma. Porém,
ele mesmo observou que a festa perdeu a sua identidade cultural e virou um
problema para muitas pessoas.
Por outro lado,
segundo ele, existe um anseio muito grande da sociedade para se resgatar as
origens da festa, por isso precisa ser rediscutida.
Fórum
Diante dos vários
argumentos apresentados, a maioria entendeu ser prudente a não realização da
Oktoberfest neste ano. O objetivo é parar por um ano e rediscutir a festa,
visando construir um novo formato, retornando com o evento completamente
reformulado e atraente em 2014, dentro de um planejamento que permita a realização
de uma Oktoberfest atraente para o público e viável economicamente. Esta
discussão deverá acontecer dentro de um fórum que será organizado pela
administração municipal no mês de outubro, para discutir a Oktoberfest e todos
os demais eventos oficiais de Marechal Rondon.
O Presente
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