Seguindo a tendência estadual, a taxa média de
sobrevivência das empresas na região Oeste tem apresentando constante evolução.
O estudo apresentando pelo Sebrae envolve as principais cidades de cada Estado. Na região Oeste, o levantamento mostra o desempenho em três cidades-polo: o maior índice é atribuído a Foz do Iguaçu, com 78%. Em seguida, aparecem os municípios de Cascavel, com 76% e Toledo, no ranking com 74%.
O estudo apresentando pelo Sebrae envolve as principais cidades de cada Estado. Na região Oeste, o levantamento mostra o desempenho em três cidades-polo: o maior índice é atribuído a Foz do Iguaçu, com 78%. Em seguida, aparecem os municípios de Cascavel, com 76% e Toledo, no ranking com 74%.
No Paraná, o levantamento do Sebrae Nacional aponta que
75% dos pequenos empreendimentos conseguem superar os dois anos iniciais. Com
base nos números estaduais, para cada cem empresas, 75 em média sobrevivem nos
primeiros anos, que é considerado o período mais crítico nos negócios. O estudo
realizado pelo Sebrae ocorreu nos 27 estados brasileiros.
De acordo com o diretor-superintendente do Sebrae no
Paraná, Vitor Roberto Tioqueta, os números do interior do Estado comprovam a
força do empreendedorismo das micros e pequenas empresas nesses municípios. O
estudo do Sebrae releva ainda que dez cidades paranaenses estabeleceram médias
superiores à estadual. São eles: Cianorte (84%), Francisco Beltrão (81%), Campo
Mourão (80%), Guarapuava (79%), Apucarana (79%), Foz do Iguaçu (78%), Ponta
Grossa (78%), Arapongas (77%), Umuarama (77%) e Cascavel (76%).
Para eleger os municípios com as melhores taxas de
sobrevivência, o estudo analisou 264 municípios brasileiros com o maior número
de empresas criadas em 2007. Ainda segundo o levantamento, as empresas
instaladas em Pato Branco e em São José dos Pinhais aparecem com taxa de
sobrevivência de 75%, seguindo a média estadual.
A legislação favorável aos pequenos negócios, com menos
tributos e burocracia; o aumento da escolaridade no País e por consequência
também nas empresas; e o mercado nacional fortalecido, com mais de cem milhões
de consumidores, são apontados como fatores responsáveis pela alta na taxa de
sobrevivência no Paraná e em outros estados.
O estudo analisou empresas criadas em 2007, a partir do
processamento e da análise das bases de dados mais recentes disponibilizadas
pela Secretaria da Receita Federal. Considerando que os pequenos negócios
representam 99% dos estabelecimentos formais no Brasil, o estudo traça um
raio-X da sobrevivência das micro e pequenas empresas.
Paraná na décima posição
O Paraná está em 10ª posição no ranking nacional de
sobrevivência das empresas e Curitiba em 14ª no comparativo entre as capitais.
O Estado ficou abaixo da média nacional, que fechou em 76%, mas avançou desde a
primeira edição do estudo Sobrevivência nas Empresas, de outubro de 2011,
quando a taxa de sobrevivência das empresas paranaenses, criadas em 2006, era
de 70%, frente a uma média de 73% no Brasil.
“Com os dados em mãos, e em um trabalho que é
permanente, estamos melhorando, ano após ano, os resultados da taxa de
sobrevivência, o que representa maior longevidade dos pequenos negócios no
Paraná, geradores de empregos e renda”, diz o diretor-superintendente do
Sebrae/PR, Vitor Roberto Tioqueta.
A taxa de sobrevivência, segundo ele, que já foi de
menos de 50% há cerca de dez anos e que está em crescimento no Brasil, mostra
uma melhor capacidade dos empreendedores e empresários de micros e pequenas
empresas para superar dificuldades nos primeiros dois anos de negócio. Nesse
período, a empresa ainda não é conhecida no mercado e tem poucos clientes.
“É um índice que pode melhorar ainda mais no Paraná, mas
que, sem dúvida, representa um ótimo resultado, se levarmos em consideração as
dificuldades enfrentadas pelos empreendedores que, muitas vezes, nessa fase
inicial do empreendimento, ainda têm pouca experiência em gestão”, afirma o
diretor-superintendente do Sebrae/PR.
Tioqueta também cita o planejamento, as finanças em dia,
a inovação, o uso de indicadores, a prospecção de novos clientes, a formação
empresarial e a análise de mercado como aspectos preponderantes para o êxito
nos negócios. “Sobretudo em regiões altamente competitivas como o Sul do País,
onde sobreviver requer muita orientação e estratégia.”
Segmentações
Ainda segundo o estudo, que não inclui a categoria do
microempreendedor individual (aquele com faturamento bruto anual de até R$ 60
mil), a taxa de sobrevivência das empresas no Paraná varia quando as empresas
criadas em 2007 são segmentadas. As empresas do setor industrial registram uma
taxa de sobrevivência de 81,7%; as da construção civil, de 74,1%; as do
comércio, 76,1%; e as de serviços, 71,5%.
O estudo mostra também uma evolução na sobrevivência dos
negócios paranaenses. A taxa atualizada de sobrevivência das empresas abertas
em 2005 é de 69,9%; e das criadas em 2006, de 72,7%. “Os empresários do Paraná
buscam cada vez mais informações para aplicar nos negócios”, afirma Tioqueta.
Simples Nacional impulsiona crescimento
No Brasil, nos últimos anos, há um perceptível aumento na
criação de novas empresas e de optantes pelo Simples Nacional, regime fiscal
diferenciado e favorável aos pequenos negócios. Em dezembro de 2012, havia 7,1
milhões de empresas registradas nesse regime. Esse número ficou 26% acima do
verificado em dezembro do ano anterior. Em 2011, a expansão já havia sido de
quase 30%.
As mudanças que se tem vivenciado no país, no contexto
das políticas em favor dos Pequenos Negócios, têm proporcionado uma verdadeira
revolução no ambiente desses empreendimentos. São exemplos, a criação da Lei
Geral das Micro e Pequenas Empresas em 2006, a implantação do Microempreendedor
Individual em 2009, e a ampliação dos limites de faturamento do Simples
Nacional em 2012.
Fonte: O Paraná
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