Desde o auge da crise americana, no segundo semestre de 2008 e primeiro semestre de 2009, a região não registrava um desempenho tão ruim quando o assunto são as exportações. Em volume financeiro, os produtos vendidos para fora no primeiro semestre deste ano renderam aproximadamente US$ 650 milhões, 4% menos do que no mesmo período de 2011 e 16% menos do que nos seis primeiros meses de 2010.
Os números foram fornecidos pelo Mdic (Ministério da Indústria e Comércio Exterior) na semana passada.
E foi justamente pelo desempenho dos municípios menores que as exportações fecharam em queda já que em cidades como Cafelândia, Cascavel, Toledo e Palotina, onde os principais produtos exportados são os avícolas, o saldo apesar de tímido, foi superior ao do mesmo período do ano passado.
Perdas com a estiagem foram predominantes para queda
São Miguel - Pior do que a crise financeira está o desempenho da safra 2011/2012 de grãos da região. As commodities in natura são o segundo maior produto de exportação do Oeste e as perdas registradas pela estiagem no início desse ano contribuíram, e muito, para esse reflexo negativo.
O técnico do Deral (Departamento de Economia Rural) do Núcleo Regional da Seab (Secretaria de Estado da Agriculturas e Abastecimento) de Toledo, João Luiz Nogueira, informa que colher menos significa ter menos grãos para vender, principalmente para fora, já que existe uma demanda interna para ser suprida. “Isso pesou e muito, tivemos uma das quebras mais acentuadas de toda a história, apesar dos preços estarem muito bons para as vendas externas, não temos produto para isso”.
Essa falta de produtos e a promessa de uma boa safra de milho safrinha tem tudo para mudar esse cenário nos próximos meses. O salto regional deve ser provocado, inclusive, pela estiagem nos Estados Unidos que afeta em cheio a produção de milho por lá. “Não é por acaso que o preço das commodities está subindo tanto, existe muita demanda e estoques baixíssimos”, comenta.
O mesmo sol que castiga o milho, prejudica a soja americana e o mercado já refletiu isso em cifras. Na sexta-feira, a saca da soja chegou a ser cotada a R$ 66, o maior valor em reais da história, e o milho voltou a reagir chegando a R$ 23 a saca.
Um desses exemplos regionais é de São Miguel do Iguaçu. A cidade foi a que sofreu a maior retração nas exportações com queda de 79%. Os principais produtos que deixou de vender para outros países foram justamente os grãos.
Jornal O Paraná - Cascavel
0 comentários:
Postar um comentário