O ministro de Minas e Energia do Brasil, Edison Lobão, disse hoje (26) que a crise gerada pelo impeachment de Fernando Lugo como presidente do Paraguai não afeta em nada a hidrelétrica de Itaipu, que funciona "com toda normalidade". Lobão afirmou que as sanções que poderão ser aplicadas contra o Paraguai pelo Mercosul ou a União de Nações Sul-Americanas – Unasul - não atingirão o povo do país nem modificarão o funcionamento da hidrelétrica binacional.
O ministro também descartou que o Paraguai possa deixar de vender ao Brasil a energia gerada por Itaipu e não consumida pelo país vizinho, como insinuou nesta segunda-feira o novo diretor paraguaio da hidrelétrica, Franklin Rafael Boccia. Edison Lobão esclareceu que a divisão da energia gerada pela empresa é determinada pelo tratado de construção de Itaipu, de 1973, que foi assinado pelos dois países.
O tratado diz que Brasil e Paraguai têm direito cada um a 50% da eletricidade gerada pela represa e estabelece claramente que a energia não utilizada deve ser vendida ao outro sócio. Como 5% da eletricidade de Itaipu abastece o Paraguai, o resto acaba sendo vendido para o Brasil, que em 2011 deixou no país vizinho US$ 360 milhões por este motivo.
O preço da energia foi triplicado neste ano, após longas negociações lideradas pelo então presidente Fernando Lugo, que fez do aumento uma bandeira de sua campanha eleitoral de 2008.
FocoSH
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