O deputado Nelson Padovani defendeu enfaticamente o seu relatório, argumentando que a criação de uma estrada-parque no leito original do antigo Caminho do Colono é, acima de tudo, a correção de uma injustiça para com a população e, ainda, uma forma de resgate histórico. "A estrada será limitada pelo projeto de manejo, abrindo às seis da manhã e fechando às seis da tarde, com guaritas da polícia verde. Não será uma estrada de transporte pesado", enfatiza.
Segundo o deputado Assis do Couto, a reabertura da estrada deverá ser precedida de estudos de impacto ambiental e incluir facilitadores de passagem para a circulação dos animais. A pavimentação deverá ser feita com blocos de basalto, sendo vedado o asfaltamento de qualquer parte do percurso. A ideia do deputado Assis do Couto é "promover a integração da população das regiões oeste e sudoeste do Paraná com o Parque Nacional do Iguaçu e assegurar a efetivação da segurança nacional necessária em área de fronteira".
Pela proposta, a estrada vai ligar os municípios de Serranópolis e Capanema, cortando o Parque Nacional do Iguaçu, e será implantada no leito histórico do Caminho do Colono, situado entre o km zero e o 17,5 da PR-495, antiga BR-163. Esse trecho está fechado por decisão judicial desde 2003. A polêmica em torno da estrada é antiga. De acordo com informações do governo do Paraná, o caminho existe desde 1924. Sem a estrada, os moradores dessas localidades teriam de percorrer um caminho de 200 quilômetros para ir de uma cidade a outra, contornando o parque.
Para ser aprovada, a matéria ainda precisa passar pelo crivo do Senado.
Guia Medianeira
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