Cresce taxa de sobrevivência de empresas no Oeste

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Seguindo a tendência estadual, a taxa média de sobrevivência das empresas na região Oeste tem apresentando constante evolução. 


O estudo apresentando pelo Sebrae envolve as principais cidades de cada Estado. Na região Oeste, o levantamento mostra o desempenho em três cidades-polo: o maior índice é atribuído a Foz do Iguaçu, com 78%. Em seguida, aparecem os municípios de Cascavel, com 76% e Toledo, no ranking com 74%.

No Paraná, o levantamento do Sebrae Nacional aponta que 75% dos pequenos empreendimentos conseguem superar os dois anos iniciais. Com base nos números estaduais, para cada cem empresas, 75 em média sobrevivem nos primeiros anos, que é considerado o período mais crítico nos negócios. O estudo realizado pelo Sebrae ocorreu nos 27 estados brasileiros.

De acordo com o diretor-superintendente do Sebrae no Paraná, Vitor Roberto Tioqueta, os números do interior do Estado comprovam a força do empreendedorismo das micros e pequenas empresas nesses municípios. O estudo do Sebrae releva ainda que dez cidades paranaenses estabeleceram médias superiores à estadual. São eles: Cianorte (84%), Francisco Beltrão (81%), Campo Mourão (80%), Guarapuava (79%), Apucarana (79%), Foz do Iguaçu (78%), Ponta Grossa (78%), Arapongas (77%), Umuarama (77%) e Cascavel (76%).

Para eleger os municípios com as melhores taxas de sobrevivência, o estudo analisou 264 municípios brasileiros com o maior número de empresas criadas em 2007. Ainda segundo o levantamento, as empresas instaladas em Pato Branco e em São José dos Pinhais aparecem com taxa de sobrevivência de 75%, seguindo a média estadual.

A legislação favorável aos pequenos negócios, com menos tributos e burocracia; o aumento da escolaridade no País e por consequência também nas empresas; e o mercado nacional fortalecido, com mais de cem milhões de consumidores, são apontados como fatores responsáveis pela alta na taxa de sobrevivência no Paraná e em outros estados.
O estudo analisou empresas criadas em 2007, a partir do processamento e da análise das bases de dados mais recentes disponibilizadas pela Secretaria da Receita Federal. Considerando que os pequenos negócios representam 99% dos estabelecimentos formais no Brasil, o estudo traça um raio-X da sobrevivência das micro e pequenas empresas.

Paraná na décima posição 

O Paraná está em 10ª posição no ranking nacional de sobrevivência das empresas e Curitiba em 14ª no comparativo entre as capitais. O Estado ficou abaixo da média nacional, que fechou em 76%, mas avançou desde a primeira edição do estudo Sobrevivência nas Empresas, de outubro de 2011, quando a taxa de sobrevivência das empresas paranaenses, criadas em 2006, era de 70%, frente a uma média de 73% no Brasil.
 “Com os dados em mãos, e em um trabalho que é permanente, estamos melhorando, ano após ano, os resultados da taxa de sobrevivência, o que representa maior longevidade dos pequenos negócios no Paraná, geradores de empregos e renda”, diz o diretor-superintendente do Sebrae/PR, Vitor Roberto Tioqueta.

 A taxa de sobrevivência, segundo ele, que já foi de menos de 50% há cerca de dez anos e que está em crescimento no Brasil, mostra uma melhor capacidade dos empreendedores e empresários de micros e pequenas empresas para superar dificuldades nos primeiros dois anos de negócio. Nesse período, a empresa ainda não é conhecida no mercado e tem poucos clientes.

“É um índice que pode melhorar ainda mais no Paraná, mas que, sem dúvida, representa um ótimo resultado, se levarmos em consideração as dificuldades enfrentadas pelos empreendedores que, muitas vezes, nessa fase inicial do empreendimento, ainda têm pouca experiência em gestão”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae/PR.
Tioqueta também cita o planejamento, as finanças em dia, a inovação, o uso de indicadores, a prospecção de novos clientes, a formação empresarial e a análise de mercado como aspectos preponderantes para o êxito nos negócios. “Sobretudo em regiões altamente competitivas como o Sul do País, onde sobreviver requer muita orientação e estratégia.”

Segmentações

Ainda segundo o estudo, que não inclui a categoria do microempreendedor individual (aquele com faturamento bruto anual de até R$ 60 mil), a taxa de sobrevivência das empresas no Paraná varia quando as empresas criadas em 2007 são segmentadas. As empresas do setor industrial registram uma taxa de sobrevivência de 81,7%; as da construção civil, de 74,1%; as do comércio, 76,1%; e as de serviços, 71,5%.

O estudo mostra também uma evolução na sobrevivência dos negócios paranaenses. A taxa atualizada de sobrevivência das empresas abertas em 2005 é de 69,9%; e das criadas em 2006, de 72,7%. “Os empresários do Paraná buscam cada vez mais informações para aplicar nos negócios”, afirma Tioqueta.

Simples Nacional impulsiona crescimento 

No Brasil, nos últimos anos, há um perceptível aumento na criação de novas empresas e de optantes pelo Simples Nacional, regime fiscal diferenciado e favorável aos pequenos negócios. Em dezembro de 2012, havia 7,1 milhões de empresas registradas nesse regime. Esse número ficou 26% acima do verificado em dezembro do ano anterior. Em 2011, a expansão já havia sido de quase 30%.

As mudanças que se tem vivenciado no país, no contexto das políticas em favor dos Pequenos Negócios, têm proporcionado uma verdadeira revolução no ambiente desses empreendimentos. São exemplos, a criação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas em 2006, a implantação do Microempreendedor Individual em 2009, e a ampliação dos limites de faturamento do Simples Nacional em 2012.


Fonte: O Paraná

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