O livro resgata a receita da cuca alemã em outra cidade paranaense, Marechal Cândido Rondon - que pode ser feita até com linguiça. Mas traz também a cuca missal, comum nos cafés coloniais da cidade fundada por alemães.
As receitas foram compiladas para que não se perdessem, ainda que existam muitas famílias dispostas a perpetuar a forma de preparo original do pão doce.
Em Curitiba, os Güths fazem cucas da forma mais tradicional, pelo menos duas vezes por semana, para vender na padaria de mesmo nome, em Ahú, Curitiba. O proprietário da padaria, Gerson Güths, diz que desde criança o pão doce é indispensável nos cafés da tarde da família.
Neto de alemães, aprendeu as receitas com a família e também fez cursos de panificação e confeitaria típica. "Fazemos cuca de farofa, de uva e de goiabada, mas a que mais sai é a cuca de farofa", conta Güths.
Independentemente do recheio, para Gerson o que conta é a massa, que confere à cuca um sabor particular. Mas o que faz a massa tão especial? "Matéria-prima. Selecionar bons ingredientes é fundamental para fazer um bom produto."
Por isso Gerson fez questão de pesquisar, entre os moinhos da região, qual tinha a melhor farinha. "Um bom trigo dá uma textura macia à cuca. E é dessa textura que as pessoas tanto gostam."
Estadão
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