Iniciativa privada é alternativa para obra milionária esquecida há 5 anos

quarta-feira, 14 de março de 2012

Itaipulândia – O que era para ser um dos maiores parques aquáticos termais da América Latina hoje não passa de uma megaestrutura abandonada e consumida pelo tempo. A nova administração municipal, encabeçada pelo prefeito Sidnei Picoli do Amaral (PSL), no cargo há poucos meses, tem como meta principal resolver de vez esse imbróglio. 

Ele pretende abrir processo de licitação no mês de abril, mas para isso espera contar com o apoio dos vereadores que vão votar o projeto de lei a ser encaminhado pelo Executivo.
O elefante branco, apelido dado a uma obra inacabada de grandes proporções, consumiu recursos de R$ 20 milhões, boa parte aplicado por antigos gestores por intermédio dos royalties pagos por Itaipu. “A prefeitura não tem interesse algum em voltar a aplicar dinheiro nesse empreendimento”, disse o chefe de gabinete da Prefeitura de Itaipulândia, Deoclécio Groth. A partir da licitação, a prefeitura espera encontrar uma empresa interessada para dar continuidade à obra e explorar a estrutura comercialmente.
A administração de Itaipulândia pretende resolver a questão e, dessa forma, fomentar o turismo local, gerando principalmente retorno financeiro para o comércio de Itaipulândia. “Foram anos de espera que agora precisam ser compensados”, destaca o prefeito Sidnei do Amaral. Não é só Itaipulândia que será beneficiada. “Toda a região sentirá os reflexos desse megaempreendimento”, vaticina o prefeito.
A prefeitura fez um levantamento recente da estrutura do parque temático e constatou que o tempo não causou sérios danos. De acordo com o estudo, é preciso recuperar as partes mecânica e elétrica do parque. A administração delegou uma equipe para realizar toda a limpeza com a retirada de entulhos e pintura.
Os R$ 20 milhões investidos nas gestões anteriores não envolveram apenas obras,  mas também a rescisão de contrato com o consórcio responsável pelo gerenciamento da estrutura e aplicação dos recursos para a edificação do parque.
As obras do parque termal foram iniciadas no Governo Miguel Bayerle e paralisadas na gestão de Vendelino Royer. Naquela oportunidade, o prefeito se viu obrigado a cancelar o contrato em função da desvalorização do dólar, baixando de R$ 3,50 para R$ 1,50, reduzindo a receita do município. A princípio, a licitação para a exploração do parque pela iniciativa privada deve ocorrer em abril.

70 mil metros quadrados

O Parque Aquático ocupa uma área de 70 mil metros quadrados, em Linha Jacutinga. O projeto inicial previa a construção de dezenas de quiosques, banheiros e vestiários, além de dois restaurantes, piscinas, tobogã e até mesmo uma piscina com ondas artificiais. A estimativa inicial era de receber até duas mil pessoas por fim de semana. Em um primeiro momento, o parque temático possibilitaria a geração de cem empregos diretos. 
O Paraná

0 comentários:

Postar um comentário

 
Missal em Foco © 2011 | Designed by Interline Cruises, in collaboration with Interline Discounts, Travel Tips and Movie Tickets