Vigilantes rejeitam proposta e greve dos trabalhadores continua no PR

Em assembleia nesta quinta-feira (2), os vigilantes do setor de transporte de valores, no Paraná, decidiram, por unanimidade, rejeitar a proposta feita pelas empresas e manter a greve que começou na quarta-feira (1º).

Os trabalhadores reivindicam aumento de 13% do salário, sendo que já está incluído neste patamar a reposição da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos doze meses em relação a fevereiro, mês da data base da categoria. Estima-se que a inflação entre fevereiro de 2011 e fevereiro de 2012 fique em 5,72% pelo INPC.

As empresas ofereceram o INPC, 1,5% de reajuste e R$ 18 de vale alimentação. Segundo João Soares, presidente da Federação dos Vigilantes do Estado do Paraná, o salário-base de um vigilante da área é de R$ 1.358,27.

Com a greve, o Banco do Brasil informou que os caixas eletrônicos instalados fora das agências bancárias devem ficar sem dinheiro nos próximos dias. Os vigilantes também são responsáveis pelo abastecimento das máquinas. Dentro das agências, segundo o banco, não deve haver falta de dinheiro, já que a movimentação dos clientes pode suprir temporariamente a demanda.

Já a Caixa Econômica Federal limitou o valor máximo para saques em algumas agências a partir desta quinta-feira. Nos terminais eletrônicos, o valor máximo, que antes era de R$ 1 mil, passou a ser de R$ 700. Nas lotéricas, porém, ainda é possível sacar R$ 1 mil.

Em entrevista Soares disse que lamenta que a população possa sofrer com a falta de dinheiro nos caixas eletrônicos e colocou a culpa pelo impasse nas empresas. "Eles faturam milhões e não repassam aos funcionários", diz ele, que acredita na possibilidade das empresas entrarem na Justiça para obrigar que parte dos trabalhadores volte ao serviço. De acordo com Soares, 100% dos funcionaários aderiram à greve. 

G1